Canção de embalar...

Vislumbro a derradeira flor do meu jardim. E esbatida, impõe-se a ausência em contornos pouco definidos. É agora o tempo da neve, do repouso guarnecido de tons pastéis, da evidência onde ancoram todas as pressas. Palpitam todas as sementes em sonhos de Primavera que flúem da terra. Adormecem todas as vontades e crenças mas crescem as fogueiras em aconchegos derramados de quem nos embala em noites gélidas.