terça-feira, fevereiro 19, 2008

Diálogos em silêncio



Há ainda diálogos em silêncio, vozes que de tanto se doarem, são agora ausências presentes na cor e no perfume, no vaguear lento de uma brisa verde...

Assim
corre e escorre
a melodia neste momento
eterno e terno
com que invento a eternidade.

Inaudível...
Inegável...

domingo, fevereiro 17, 2008

O verde!!



O verde que transporto, que visto e no Outono dispo! Será rio ou sangue que me percorre? O mundo ou antes mundos que depois se deixam caminhar para na ausência de mim, a mim chamar?! Onde, no ar? No respirar? Antes silenciar, para na brisa das entranhas me poder encontrar!
Será sempre um tronco a quem quero abraçar!!!

A poesia...



Suspeito que a poesia, ao entardecer,
se veste de rosa
e pousa
suavemente
nas rochas talhadas de melodias.

Descansa leve
no silêncio dourado
e voa,
livre de qualquer rima
ou inspiração!

Livre das palavras e das mentes.

Sabem-no os fenos que ondulam,
as aves que passam,
o perfuma que me toca.

Encontrou-me aqui,
e aqui retorno...
ontem, hoje e amanhã...

Quando finalmente deixar de ir e vir...

estarei sempre com ela!