domingo, outubro 29, 2006

Amanhã...



Amadurece-me esta luz. Persistente, acariciadora. Torno-me Outono. Amanhã!

terça-feira, outubro 17, 2006

Volta-se...sempre!



Em cada hora que volto, há um oceano de destinos, que encontrados e perdidos, me fazem chegar!
E eu volto a cada morte, a cada vida, a esta casa que sou eu...

sexta-feira, outubro 13, 2006

Âncoras...



Todos nós precisamos de uma âncora para que os milagres aconteçam e, assim, se vença o pó dos dias. E talvez seja isso o que a vida tem de mais desconcertante: não são os ventos nem as marés, só as âncoras...nos permitem navegar.

Eduardo Sá, Chega-te a mim e deixa-te estar

terça-feira, outubro 10, 2006

domingo, outubro 08, 2006

Gaudi e Pessoa...Pessoa e Gaudi...



Nuvens… São como eu, uma passagem desfeita entre o céu e a terra, ao sabor de um impulso invisível, trovejando ou não trovejando, alegrando brancas ou escurecendo negras, ficções do intervalo e do descaminho, longe do ruído da terra e sem ter o silêncio do céu. Nuvens…Continuam passando, continuam sempre passando, passarão sempre continuando, num enrolamento descontínuo de meadas baças, num alongamento difuso de falso céu desfeito.

Bernardo Soares, Livro do Desassossego

quinta-feira, outubro 05, 2006

Cheguei...



Cheguei hoje, quando ainda ontem parti. Foi rápida a passagem, mesmo que de um oceano se tratasse. Foram sinceros os passos. Foi curta a memória, para que a dor se tornasse uma visita de saída. Talvez os milénios passados em cada onda a percorrer, me tivessem desenhado miragens por encontrar. E lá ao longe, onde brilha o relâmpago, há um mundo por acontecer. São sinais, são sons, são cheiros que comigo nasceram e me acenam num eco silencioso, que aos meus olhos cegos, chega! Há um rio, uma árvore e uma criança. E um pássaro louco que voa em círculo. Há um mago e um caleidoscópio onde giro e dou a mão. Já não preciso de janelas abertas, nem pés no chão. Cheguei…e ainda ontem parti!!!

terça-feira, outubro 03, 2006

Reencontrando Gaudi...



Um lugar que não pertence aqui!! A este tempo!…
Onde tropecei porque daqui não sou, e caminho atraída por magia.
Um lugar que não tem onde morar. Porque de passos e asas é feito! E caminha e voa… não sabendo o que é distância!!
Um lugar que se caminha sem horizonte seguro, mas onde os passos me maravilham e são meu donos. Seria deste branco se de posse se tratasse, seria deste silêncio se aqui o tempo não inventasse as palavras.
Para além de tudo o que tem dimensão… ficas tu…e este lugar que não tem onde morar!
E eu não sou daqui…mas aprendi que existe um lugar onde se pode morar, caminhando…