domingo, janeiro 15, 2006

Abre-se o espaço a outro espaço...



Há pássaros mortos no caminho que conduz ao rio!
Há Invernos seguidos no soprar do vento que se enamorou deste lugar!
Há o homem fugido, nu, envergonhado…

Então, as árvores,
crescem em abraços, e são palco de preces e rituais!
É o tempo dos elfos e das fadas!
Abre-se o espaço a outro espaço, onde cantam os pássaros e o sol fez morada!
Volta o Homem com alma!

sábado, janeiro 14, 2006

eu,tu,ele,nós,vós,eles



Afundo o branco no negro que em linhas por mim chama.
Apenas sons que desconheço, passos que almejo inventar.
Talvez para ficar, talvez para ser sem doer.
Soltas, inacabadas, da loucura procuradas.
Vazias estas mãos que não sabem de onde são. A mim não pertencem!
Ao mundo, jogo infantil ainda vão tecer até poder perceber…

Nada
Vazio
Gotas caindo
E eu partindo!

terça-feira, janeiro 10, 2006

Hoje nasceu...



Hoje nasceu uma estrela no hemisfério sul do meu coração. De compleição delicada, de alma inacabada, ela abriu os olhos quando a noite cedia o lugar ao dia. Ficou tonta de tanta luz e só soube que procurava um céu para se alimentar. Ainda lhe foi possível escutar a melodia triste de uma chamada algures no infinito donde vêm as estrelas. Depois veio a invisibilidade característica do excesso de luz e pôde enfim descansar!
E eu pude passear pela minha aldeia de coração iluminado em canções de embalar! E voltaram as andorinhas em rodas, como se a Primavera as tivesse ido buscar! Já nos canteiros namoravam as papoilas o vento, que teimava em as despentear!

Caminho agora rua abaixo no mapa do meu olhar e torno-me céu em noite escura ou em dia a clarear!