domingo, julho 23, 2006

Essência...



Lançar palavras como papagaios em céus de vento.
Sem o memorial de registo engalfinhado nuns passos que cresceram à conta do tempo.
Falar como se nascesse sabendo.
E por detrás o silêncio…vivo, palpitante, puro!!

quarta-feira, julho 19, 2006

Água, ar, terra,fogo…



Deixo que o mar me leve e me esconda nas ondas. Enrolada e cercada, infinitamente abraçada num amplexo de milénios. Tempo alheio ao cronómetro dos afazeres. Tempo construtor de despertar. É apenas o mar! Tão profundo e fatal que em águas mil me desfaz! Contar-se-á do mar em gotas que voou! E um dia o regresso à praia para reaprender o caminho. E o fogo desse trajecto nunca alternativo!

Água, ar, terra,fogo…

segunda-feira, julho 17, 2006

Vou reconstruir o silêncio...

domingo, julho 09, 2006

Existe uma rua...



Existe uma rua. Talvez seja a minha! Empedrada e de branco vestida. Com mãos enormes que me amparam quando corro sem destino. Lá no fundo, há uma cruz que me espera na tarde ensolarada. Quando o frio desce ao mundo, ela permanece aprumada. Talvez sempre, à minha espera! E eu não fujo! Calço os meus passos de domingo e sento-me ao lado dela. De olhos cansados e palavras lentas recomeço uma conversa interrompida num tempo de batalhas ganhas. Lembro as espadas erguidas, a vitória já gasta mas ainda hasteada. Passaram estações, canções, passaram homens e meninos. E velhos de palavras sábias. Eu passei! E voltei…faltava a corrida no branco empedrado, faltava a mão dada…faltava amá-la!!

terça-feira, julho 04, 2006

São os campos...



Sento-me devagar, debaixo das horas mansas. Aquelas, onde a conversa escorre lentamente por entre os dedos agora abertos, em paciências infinitas. São estas as horas, onde a pressa se esqueceu de acordar e, tranquila percorro os minutos que infinitos, não me mudam de lugar. São os campos, mundos verdes, sempre e só por explorar. Nada é além ou acolá. É aqui, neste meu sol que já vai alto, mas da memória me esqueci de lembrar.