domingo, maio 18, 2008

Momento



O riso que ecoa no jardim das páginas mortas,
brancas, frias, imensas como rios parados,
é apenas um sopro de saudade reencontrado na madrugada.
O pequeno infinito que assim passou,
Sem mapa, sem cor,
Apenas infinito, fez-se agora,
Momento deslizando lento,
Doendo, num pássaro cantando nas páginas agora vivas
De um novo dia!

terça-feira, maio 06, 2008

Girar amarelo...



Soa... solta, a melodia
da folha verde
do sorriso...

Oh!... canta o dia
no galho mais alto
da maior estrela do céu...

Ah!...quem me dera
girar amarelo
e no entardecer, cabisbaixo adormecer...

Ainda é tempo
do tempo desfazer
para deixar de ser
porque tem que ser!

domingo, maio 04, 2008



Aqui, onde o ouro se perde por entre mãos rotas de choros convulsivos,
Aqui, perto do coração de neve estreado de linhas de saudade onde tu emerges sem sombra,
Aqui, na luz azul de um poema interdito, longe das palavras certas e perto do círculo errado,
Aqui, perdida no caminho traçado, cuidadosamente ensaiado...

É cedo ainda na noite clara...
É tarde na madrugada escura...

Dispo as palavras, pinto as sombras e busco a ausência que me trará!!